Imaculada Conceição, no mosteiro das dominicanas de Caleruega, Espanha |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
No dia 12 de setembro é a festa do Santíssimo Nome da Bem-aventurada Virgem Maria.
Sua celebração foi estendida à Igreja Universal pelo Bem-aventurado Inocêncio XI.
Foi em lembrança da insigne vitória das armas católicas sobre os turcos que sitiavam Viena, capital do Sacro Império Romano Alemão, na Áustria.
A famosa vitória aconteceu em 1683, mediante a proteção da mesma virgem.
E através do gládio do famoso João Sobieski, Rei da Polônia.
A libertação de Viena teve lances milagrosos, e para agradecer por essa vitória o Bem-aventurado Papa Inocêncio XI instituiu a festa do Santíssimo Nome de Maria.
Em seu famosíssimo comentário L’Année Liturgique, D. Guéranger reproduz uma citação do Santo Alberto Magno, professor de São Tomás de Aquino, sobre os vários sentidos do nome de Maria.
O nome de Maria, diz Santo Alberto Grande, tem quatro sentidos.
Nossa Senhora, Alemanha
Ele significa Iluminação, Estrela do Mar, Senhora, Mar Amargo.
A variedade de sentidos do nome de Maria está ligada a uma peculiaridade da língua hebraica em que uma mesma palavra tem dois sentidos, ora afins, ora bastante diversos.
Enquanto Iluminadora, Nossa Senhora é a Virgem Imaculada, pois sombra alguma do pecado jamais maculou seu Santíssimo Nome.
A mulher revestida de Sol, aquela cuja gloriosa vida iluminou toda a Igreja.
Aquela enfim, que deu ao mundo a verdadeira luz, a luz da vida, é a Iluminadora.
Nossa Senhora é a verdadeira luz, a luz que ilumina por natureza. Por isso recebeu o nome de Maria.
Ela é a Virgem Imaculada que não tem mancha e possui uma alma sumamente luminosa porque não tem e nunca teve nenhuma sombra sequer de pecado.
Ela é a mulher revestida de Sol que São João viu numa das visões do Apocalipse, cujos vestidos brilhavam como o astro rei.
Acresce que sua vida iluminou toda a Igreja Católica e Ela deu ao mundo a única luz verdadeira que é Nosso Senhor Jesus Cristo.
Nossa Senhora é uma luz também num sentido especial da palavra: é a nossa esperança, a nossa alegria na vida e a solução para todos os problemas.
Portanto, para nós é uma luz que brilha nas trevas.
A liturgia católica saúda Nossa Senhora como Estrela do Mar, num hino tão poético e popular como o Ave Maris Stella.
E também se saúda Nossa Senhora com este belo nome na antífona Alma Redemptoris Mater – ó doce Mãe do Redentor –, do Advento no tempo do Natal.
Sabemos que a Estrela do Mar é a Estrela Polar, a mais brilhante e mais alta das estrelas e ponto de referência para os navegantes.
O Nome de Maria também significa Mar Amargo em virtude das palavras do profeta Simeão, que ao vê-la levando o Menino Jesus ao Templo para a circuncisão, disse a Ela: “Quanto a Ti, uma espada há de atravessar-te a alma. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações” (Lc. 2, 34-35).
Esse nome também nos convida a participar das dores de Nossa Senhora e chorar amargamente nossos pecados.
Por fim, o nome de “Senhora” não quer dizer uma mulher comum, mas uma mulher que tem distinção, relevo e respeitabilidade especial.
Nossa Senhora do Círio de Nazaré, Belém, Pará |
O nome “Sinhá” antigo não dá bem o significado do termo francês “Dame” usado no original em francês de D. Guéranger, assim como em “Notre Dame”.
Pois “sinhá” é a dona que manda porque ela é proprietária do escravo.
Entretanto, “sinhá” tem um lado caríssimo para aqueles que praticam seriamente a sagrada escravidão espiritual ensinada por São Luís Grignion de Montfort.
Por meio dessa Sagrada Escravidão nós nos tornamos escravos de amor de Nossa Senhora, que é nossa Medianeira junto a Deus.
Nosso Senhor então saúda Nossa Senhora como a nossa Dona, que nos domina, mas que ao mesmo tempo é nossa Mãe e nos ama particularmente porque somos escravos d’Ela.
E por sermos escravos de amor nós nos tornamos arqui-filhos d’Ela.
Este é exatamente o título mais grato para reverenciarem a Nossa Senhora aqueles que fizeram a tão louvada consagração de São Luís Grignion de Montfort.
Ela é a Proprietária, a Dona e a Senhora dos escravos de amor.
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O senhor sabe me informar a origem do rosário dos Pirineus?
ResponderExcluirAgradeço🙏🙏🙏