domingo, 23 de abril de 2017

Nossa Senhora de Aquisgrão (Aachen):
rainha soberana de uma calma completa


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Eis aí uma imagem propriamente lindíssima!

Nela o que mais me chama a atenção, não e tanto o belo vestido, ou a excelente escultura, mas sobretudo o estado temperamental que o artista sobre imprimir em Nossa Senhora.

Apresenta-se Ela como uma pessoa respeitável, no mais alto grau. É propriamente uma Rainha.

Mas ao mesmo tempo, sendo Ela é uma Soberana, sente-se n'Ela toda a bondade de uma mãe.

Não só pelo modo de carregar no braço o Menino Deus, mas no modo pelo qual Ela parece olhar para a pessoa que está apresentando a Ela uma súplica.

Tal olhar manifesta uma tal boa vontade, benevolência e uma disposição de atender, que impressiona da forma mais agradável.

domingo, 9 de abril de 2017

O jogral da Virgem


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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Muitos peregrinos, vindos dos mais remotos confins da Cristandade, iam à romaria do Santuário de Nossa Senhora de Rocamadour.

Ele continua ali perto da auto-estrada que vai de Paris até Lourdes.

Na Idade Média ia gente de toda espécie, desde mendigos ou empestados até fidalgos e grandes dignitários da Igreja.

Frequentemente misturavam-se àquela turba alguns indivíduos aloucados, galhofeiros ou poetas, que tanto entoavam uma canção, acompanhando-a com qualquer instrumento, como embasbacavam o povo com malabarismos e trabalhos de saltimbancos.

domingo, 2 de abril de 2017

Santa Francisca Romana sobre o inferno e como se precaver contra as insídias diabólicas

Santa Francisca Romana (1384-1440) com um anjo protetor.
De nobre e rica estirpe, teve três filhos e fundou as Oblatas de Maria.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Santa Francisca Romana (1384-1440), de nobre e rica família, casou-se muito jovem, teve três filhos, fundou as “Oblatas de Maria” e em março de 1433 também fundou o mosteiro em Tor de' Specchi, perto do Campidoglio (Roma).

Quando seu marido morreu, em 1436, ela se mudou para esse mesmo mosteiro e se tornou a prioresa.

Ernest Hello, em sua obra “Physionomies de saints”, escreve o seguinte sobre a santa:

“A vida de Francisca reside nas visões. Suas visões mais singulares, mais estupendas, mais características, são as visões do inferno. Inúmeros suplícios, variados como os crimes, lhe foram mostrados no conjunto e nas minúcias”.

“Santa Francisca Romana viu o ouro e a prata derretidos, acumulados pelos demônios nas gargantas dos avarentos”.

Ela descreveu o inferno, onde reina uma ordem às avessas, quer dizer a desordem como o princípio constitutivo da anti-ordem de satanás:

O que é uma pessoa passar uma hora com ouro ou prata derretidos e quentes dentro da garganta, sem anestésicos, sem os mil cuidados dos nossos hospitais?

Então, imaginem o que é passar a eternidade com ouro e prata derretidos na garganta. Querer engolir e não poder, queimaduras horrorosas, sensações atrozes.

Tudo isto Santa Francisca Romana viu como martírio dos avarentos.

“Viu as hierarquias de demônios, suas funções, seus suplícios e os crimes a que eles presidem”.

“Viu Lúcifer, consagrado ao orgulho, chefe geral dos orgulhosos, rei de todos os demônios e de todos os condenados. Esse rei é muito mais desgraçado do que todos os seus súditos”.