domingo, 1 de dezembro de 2019

Imaculada Conceição: Pio IX e a glória do dogma

O Beato Pio IX proclama o dogma da Imaculada Conceição. Franceso Podesti (1800–1895), Museus Vaticanos
O Beato Pio IX proclama o dogma da Imaculada Conceição.
Franceso Podesti (1800–1895), Museus Vaticanos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Em 8 de dezembro de 1854 rodeado o bem-aventurado Papa Pio IX se levantou para definir o dogma da Imaculada Conceição no esplendor da basílica de São Pedro.

Nesse momento o Santo Padre sobre quem teria descido um discreto mas perceptível raio de luz sobrenatural proclamou com voz solene e cadenciada:




”41. ... depois de implorarmos com gemidos o Espírito consolador.

“Por sua inspiração, em honra da santa e indivisível Trindade,

“para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus,

“para exaltação da fé católica, e

“para incremento da religião cristã,

“com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo,

”dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e

”com a Nossa,

“declaramos, pronunciamos e definimos:

“A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria,

“no primeiro instante da sua Conceição,

“por singular graça e privilégio de Deus onipotente,

“em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano,

“foi preservada imune de toda mancha de pecado original,

“essa doutrina foi revelada por Deus,

“e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.

“42. Portanto, se alguém (que Deus não permita!) deliberadamente entende de pensar diversamente de quanto por Nós foi definido,

“conheça e saiba que está condenado pelo seu próprio juízo,

“que naufragou na fé, que se separou da unidade da Igreja, e que, além disso,

“incorreu por si, "ipso facto", nas penas estabelecidas pelas leis contra aquele que ousa manifestar oralmente ou por escrito, ou de qualquer outro modo externo,

“os erros que pensa no seu coração”.

Bula Ineffabilis Deus, 8 de dezembro de 1854

Assim nos descreve o que veio depois o escritor Hugo Wast no livro “Las aventuras de Don Bosco” sobre o reinado de Pio IX:

“Que estupor do mundo ímpio, que sarcasmos para o Papa que no momento em que se abriu os abismos diante de seus passos de rei temporal, se entregava a questões de pura teologia.

“Mas um Papa é teólogo antes que rei e quando pronunciou essas memoráveis palavras que encheram a cúpula de São Pedro, a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, um raio de sol passando através de uma janela aberta iluminou o rosto resplandecente como o de Moisés no alto do Sinai.

“Troou, como nos seus melhores dias, o canhão do castelo de Santo Ângelo.

“Os infinitos campanários em Roma proclamaram a notícia.

“Roma se iluminou nessa noite.

“Milhares de cidades do mundo inteiro imitaram.

“Milhões de almas festejaram a glória de Maria em quem Deus pôs a plenitude de todos os bens, segundo as ternas palavras de São Bernardo.

“De tal maneira que se há em nós alguma esperança, algum favor, alguma salvação, devemos saber que de Maria nos vem.

“Porque essa é a vontade [de Deus] que quis que tudo tenhamos por Maria”.


O pontificado do beato Pio IX apenas não foi mais longo que o de São Pedro.

Nos primeiros meses de pontificado o Papa favoreceu o liberalismo nos Estados Pontifícios, conjunto de feudos medievais que tinham Roma como capital e dos quais era rei.

Depois de uma revolução, ele teve que se refugiar no reino de Nápoles, que lhe era fiel no sul da península italiana.


Ali, reflexionou sobre o que era a revolução, mudou de orientação e passou a ser um dos Papas mais contrarrevolucionários da história.

Dois atos particularmente contrarrevolucionários dele foram:

a definição do dogma da Imaculada Conceição e, mais tarde,

a definição do dogma da Infalibilidade Papal.



(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, palestra do dia 15.6.73, sem revisão do autor)



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