Santa Joana d'Arc. Miniatura do século XV. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A história de Santa Joana d’Arc é muito conhecida. No auge da decadência da França no século XV, Deus decidiu salvar essa nação filha primogênita da Igreja. E para que ficasse muito claro que era o poder de Deus que fazia isso, e não o poder dos homens, usou como instrumento uma moça, Joana d’Arc.
Ela conseguiu o que parecia impossível: coroar o rei da França na catedral de Reims, e que os ingleses fossem expulsos do país.
Convinha para os planos de Deus que fosse uma jovem, não um cavaleiro, e igualmente que ela fosse uma jovem simples.
Joana era pastora em uma cidadezinha simpática, mas minúscula — Domremy.
A casa onde ela nasceu está ao lado da igreja, e a basílica de Domremy — construída em fins do século XIX no local onde apareciam a ela São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida — que dista dois quilômetros de sua casa, parece enorme em relação à pequena população local.
Leia a gloriosa epopeia e a história do processo e da glorificação de Santa Joana d'Arco
Joana era uma típica pastora da época, com muita piedade. Costumava ir a uma pequena capela no meio duma colina, construída no século XII, onde moravam uns eremitas que administravam pequena hospedagem para os viajantes.
Joana d’Arc ia todos os sábados a pé da sua casa até a capela, a uns três quilômetros, para levar velas à imagem da Virgem.
Esta imagem, conhecida como Notre Dame de Bermont, tem um metro de altura e é talhada em madeira. É uma boa imagem, mas simples, não uma obra de arte.
Como nas imagens clássicas da piedade popular da época, Nossa Senhora usa coroa e cetro; num braço sustenta o Menino Jesus, o qual tem uma pomba nas mãos.
Nossa Senhora de Bermont. |
Não consta que a imagem tenha sido ocasião de algum milagre, nem sequer que alguém tenha recebido alguma graça especial diante dela.
Mas ficou o elo espiritual entre Santa Joana d’Arc e sua imagem preferida.
Com a decadência religiosa que se acentuou nos anos 60 do século XX, a capela ficou a ser pouco frequentada, motivo pelo qual foi decidido trasladar a imagem das colinas onde estava para a basílica de Domremy (conhecida como basílica de Bois-Chenu), onde se encontra atualmente.
A imagem é piedosa, bem feita. Ela nos leva a outra época histórica, na qual se encontrava em perigo uma nação especialmente querida pela Divina Providência.
Se a França desaparecesse como nação, o prejuízo atingiria toda a Civilização Cristã. Deus teve misericórdia dela e outorgou a Joana d’Arc sua bela vocação.
Há semelhanças com os dias de hoje. Quantas nações queridas por Deus estão em perigo! E que perigos!
Devemos rezar especialmente por aqueles que têm a missão de conduzir essas nações rumo à realização da sua vocação histórica, para que sejam fiéis e carreguem com constância e ufania as cruzes inerentes à sua atuação.
E também devemos pedir especialmente a Nossa Senhora que, assim como uma vez Ela outorgou tão bela vocação a quem rezava diante de sua imagem, hoje também tenha pena da Civilização Cristã ameaçada e outorgue novas vocações para defender tão preciosa herança.
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excelente...
ResponderExcluirMuito bom! Precisamos todos crescer em nossa devoção à Virgem Santíssima!
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