domingo, 31 de janeiro de 2016

Um diálogo sincero entre um rei santo e um ímpio maometano

Caravaca de la Cruz: santuário erigido para custodiar a relíquia da Verdadeira Cruz.
Caravaca de la Cruz: santuário erigido para custodiar a relíquia da Verdadeira Cruz.







continuação do post anterior: Festa de adoração da Cruz e batalha de São Fernando contra os mouros na Espanha


Sultão: Tranquilo, sim... o deve estar, e com sobrada razão, quem não tem coração, ou como o teu, que é de neve!

De grande ruindade se necessita – disse ruindade?, de covardia! – para vir neste dia falar de uma Cruz bendita, de um Deus que será um qualquer, e que na verdade e não gracejando, será um criado de Maomé dos de mais baixa extração.

São Fernando: Ímpio, cala esses lábios!

Sultão: Cristão, não alces o grito, pois para um lenho e um mito não há ofensa nem agravos. Seu valor é tão minguado e tão mesquinho seu preço, que só com meu desprezo considero-o muito bem pago.

Já verás, grande General, dentro de breves momentos, essas cruzes e esses contos aonde vão parar.

Já verás o fim que têm teus orgulhos altaneiros e esses míseros guerreiros que lutar contra mim vêm. Sangue, lodo e confusão ficarão apenas deles antes que o Sol seus resplendores retire desta mansão.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Festa da Adoração da Cruz e
da batalha de São Fernando contra os mouros na Espanha

Caravaca de la Cruz: andor da relíquia da Santa Cruz em procissão escoltada por cavaleiros cristãos



Na cidade espanhola de Caravaca de la Cruz, região de Murcia se realiza todos os anos um rico e original cerimonial para adorar uma relíquia da Santa Cruz.

O Ritual do Banho da Santíssima e Verdadeira Cruz nasceu na Idade Média, quando Caravaca era terra de fronteira com o Reino muçulmano de Granada e constitui um dos mais antigos desse gênero.

A cerimônia vem sendo celebrada pelo menos desde o ano 1384.

Pelo fato das guerras contínuas promovidas pelos islâmicos contra os cristãos a procissão e adoração da Cruz foi sempre acompanhada por uma escolta militar.

Após a expulsão dos mouros do território espanhol invadido a Sagrada Relíquia da Cruz continuou saindo em procissão do Santuário até o ‘banho’, fora dos muros da cidade.

Este singular ‘banho’ consiste em que uma parte do relicário da Cruz é submergido nas águas limpas e claras da fonte e que banharão, ou regarão, as férteis terras.