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| O sacerdote 'Cavaleiro do Sangue' leva a relíquia abençoando o povo | 
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Luis Dufaur 
Escritor, jornalista, 
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs  | 
Todo ano se realiza a Blutritt [Procissão do Preciosíssimo Sangue].
É uma procissão a cavalo, em honra de uma relíquia do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Acontece na cidade de Weingarten, Baden-Württenberg, Alemanha, na 6ª feira após a Ascensão, ou Blutfreitag [Sexta-feira do Sangue].
A tradição manda que só os homens participem.
A Abadia de Weingarten conserva, há mais de 950 anos, uma relíquia do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ela é exposta uma vez ao ano na igreja do Mosteiro.
No dia da festa, um sacerdote ou ‘Cavaleiro do Sangue’ a leva pelas ruas da cidade.
É acompanhado por três mil cavalarianos, pertencentes a mais de cem grupos, em fraque e cartola.
Uma banda de 80 componentes desloca-se em torno ao Cavaleiro do Sangue.
A procissão é religiosa e civil. Romeiros de toda a Suábia Superior e da Baviera vêm à festa.
Esse Sangue foi colhido por São Longino após a cura de seu olho.
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| Relíquia do sangue de Nosso Senhor, Weingarten, Alemanha | 
Na hora de enfiar a lança no Sagrado Coração, saíram umas gotas que atingiram seus olhos e o curaram da cegueira.
Ele conservou esse Sangue, junto a uma porção de terra do Calvário, numa caixa de chumbo.
Batizado, partiu ele para Mântua, na Itália. Antes sofrer o martírio São Longino escondeu a caixa, e o local ficou esquecido.
No ano de 804, quando Carlos Magno imperava sobre o Ocidente, o local foi milagrosamente revelado ao cego Aldibero.
O cego se dirigiu ao duque de Mântua, ao Imperador e ao Papa.
Levado ao local da visão, a caixa foi encontrada e Aldibero recuperou a vista imediatamente.
Grande devoção passou a cercar a relíquia. O Papa São Leão III a venerou publicamente.
Porém, voltou a desaparecer durante as invasões húngaras e normandas.
Ela foi redescoberta em 1048, tendo sido solenemente reconhecida pelo Papa São Leão IX na presença do imperador Henrique III e muitos dignitários.
Judite, duquesa da Baviera, irmã do conde Balduíno V de Flandres e de Santa Adela da França, doou o relicário à abadia de Weingarten.
Ali, a relíquia é venerada há quase um milênio.
Ela está exposta numa capela ao lado da basílica de São Martinho.
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| A procissão nos campos, Blutfreitag, Weingarten, Alemanha. | 
As festas começam na missa da Ascensão, com uma procissão das velas até a vizinha cidade de Kreuzberg.
A procissão equestre inicia-se no dia seguinte, após a missa dos cavalarianos às 6 da manhã.
Fanfarras e coros também fazem a romaria.
A procissão percorre as ruas da cidade acompanhada por mais de trinta mil romeiros.
Ela se detém em quatro estações do caminho e termina a meio-dia diante da basílica.
Ali, a relíquia é venerada pelos fiéis durante a tarde toda.
História da abadia
A abadia beneditina de Weingarten foi fundada em 1056, por Guelfo I, duque da Baviera.
Os monges elaboraram famosas iluminuras de manuscritos, a mais famosa das quais é o Sacramentário de Berthold, de 1217.
Em 1274, o mosteiro ganhou estatuto de feudo independente de qualquer poder temporal, exceto do imperador.
Seu território era de 306 km2, incluindo muitas florestas e vinhedos.
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| Missal de Weingarten | 
Entre 1715–24 foi substituída por uma maior, em estilo barroco, ricamente decorada.
Em 1803, a revolução anticristã se voltou contra o Sacro Império e aboliu os estados menores independentes, como Weingarten.
A abadia foi dissolvida e suas propriedades confiscadas pelo principado de Nassau-Orange-Fulda, e depois pelo reino de Würtemberg.
Naquela ocasião os riquíssimos relicários de ouro e pedras preciosas foram roubados de modo sem vergonha pelo laicismo rompante.
Em 1812, sob os efeitos revolucionários das invasões de Napoleão, a procissão foi proibida.
Mas retomou em 1849 e continua até agora.
Em 1922, a abadia de Weingarten foi refundada por monges beneditinos da arquiabadia de Beuron e da abadia de Erdington, Inglaterra.
Em 1940, o nazismo expulsou os monges, mas eles voltaram após o fim da guerra.
Os monges pertencem em parte ao rito romano e em parte ao rito bizantino.
Vídeo: Procissão do Preciosíssimo Sangue de Cristo (Weingarten, Alemanha)
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Gostei muito desta matéria, pois o que a humanidade está precisando é de boas notícias como ésta, e estas relíquias são muito importântes para todas as pessoas.
ResponderExcluirObrigada!! Como é linda a História Cristã! Não tem como separá-la da História da Humanidade. Ela é a História da Humanidade!
ResponderExcluirDeus o abençoe!