domingo, 20 de dezembro de 2015

A primeira Árvore de Natal surgiu
pelas santas machadadas de São Bonifácio

A Árvore de Natal: símbolo católico  pelo apostolado de São Bonifácio.
A Árvore de Natal: símbolo católico
pelo apostolado de São Bonifácio.



Quando pensamos em um santo, talvez num primeiro momento não consideramos que essa pessoa seja ousada, empunhe um machado, um martelo ou que derrube árvores como os carvalhos.

Entretanto, existe um santo assim: é São Bonifácio.

Este santo nasceu na Inglaterra por volta do ano 680.

Ingressou em um monastério beneditino antes de ser enviado pelo Papa para evangelizar os territórios que pertencem a atual a Alemanha. Primeiro foi como um sacerdote e depois como bispo.

Sob a proteção do grande Charles Martel, Bonifácio viajou por toda a Alemanha fortalecendo as regiões que já tinham abraçado o catolicismo e levou a luz de Cristo àqueles que ainda não o conheciam.

O escritor Henry Van Dyke o descreveu assim, em 1897, em seu livro The First Christmas Tree (A primeira árvore de natal):

“Que pessoa tão boa! Que boa pessoa! Era branco e magro, mas reto como uma lança e forte como um cajado de carvalho.

“Seu rosto ainda era jovem; sua pele suave estava bronzeada pelo sol e pelo o vento.

“Seus olhos cinzas, limpos e amáveis, brilhavam como o fogo quando falava das suas aventuras e das más ações dos falsos sacerdotes aos quais enfrentou”.

domingo, 1 de novembro de 2015

1º de novembro, festa de todos os Santos
que se difundiu a partir dos séculos VIII-IX

Santos no Céu. Detalhe da Coroação de Nossa Senhora, rainha do Céu. Galeria degli Uffizi, Florença. Fra Angelico (1395 – 1455).
Santos no Céu. Detalhe da Coroação de Nossa Senhora, rainha do Céu.
Galeria degli Uffizi, Florença. Fra Angelico (1395 – 1455).



Iniciou-se a celebrar a festa de todos os santos até em Roma desde o século IX.

Uma única festa para todos os Santos, ou seja, para a Igreja gloriosa intimamente unida à Igreja ainda peregrina e sofredora.

Hoje é uma festa de esperança: “a assembleia festiva dos nossos irmãos” representa a parte eleita e seguramente exitosa do povo de Deus.

Chama-nos atenção para o nosso fim e para a nossa vocação verdadeira: a santidade, à qual todos nós somos chamados, não por meio de obras extraordinárias, mas com o cumprimento fiel da graça do batismo.

Do ‘Discursos’ de São Bernardo, abade


A que serve, então, o nosso louvor aos santos, a que serve o nosso tributo de glória, a que serve esta mesma nossa solenidade?

Porque a eles as honras desta mesma terra quando, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste os honra? Para que, então, nossas homenagens a eles?

Os santos não precisam de nossas honras e nada vem para eles do nosso culto.

É claro que, quando veneramos a memória deles, operamos em nosso benefício, não no deles!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Explicação do Ângelus

O Anjo anuncia a Maria a Encarnação do Verbo: é a origem do ângelus. Córdoba, Espanha
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A oração do Ângelus é uma meditação que também fala a respeito do Natal, feita através de três pontos essenciais, com muita brevidade. Ela é eminentemente lógica e bem construída.

Porém, em todas as coisas da Igreja, por cima de uma estrutura lógica e coerente, resplandece um universo de imponderáveis de unção e sacralidade que é uma verdadeira beleza, e que formam um todo com essa estrutura lógica e racional.

Vejamos como a História do Natal está contida no Ângelus:

1º ponto: O Anjo do senhor anunciou a Maria, e Ela concebeu do Espírito Santo;

2º ponto: Eis aqui a Escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Sua vontade;

3º ponto: O Verbo Divino se encarnou e habitou entre nós.

A Anunciação "e o Anjo anunciou a Maria".
Ambrogio Lorenzetti (c. 1290 – 1348), Pinacoteca Nazionale de Siena, Itália.
São três aspectos fundamentais para o Natal vndouro. O primeiro glorifica a mensagem angélica. O segundo, a atitude de Nossa Senhora de inteira obediência a essa mensagem.

O terceiro glorifica o fato do Verbo não só se ter encarnado, mas ter habitado entre nós.

Nesses três pontos está condensada toda a História do Natal que virá depois de uma forma tão sintética, breve, lógica e densa, que não se devia acrescentar nada.

Cada ponto é seguido da recitação de uma Ave-Maria, que é uma glorificação de Nossa Senhora, por esse aspecto daquela verdade que o anjo anunciava.

Esse é o maior fato da História da humanidade, e a maior honra para o gênero humano é o Verbo se ter encarnado e habitado entre nós.

Por isso, se tornou hábito na piedade católica, pela aurora, ao meio-dia e depois, pelo crepúsculo, recitar o Ângelus.

Nas três etapas principais do dia, repetir essas verdades e louvar Nossa Senhora a respeito dessas verdades, e pedindo-lhe graças a propósito dessas verdades.

Como fica bonito o Ângelus rezado pela manhã, no meio-dia e no fim do trabalho às 6 horas da tarde!

São Gabriel, o Anjo da Anunciação. Gérard David (c. 1460 — 1523).
Metropolitan Museum of Art New York
Tem-se a impressão de um vitral que vai mudando de colorido, o Angelus também vai mudando de matizes: como é diferente entre o Ângelus rezado ao meio-dia, quando o ritmo de trabalho é intenso, e o Ângelus rezado no crepúsculo, quando tudo se reveste de uma suavidade, de uma espécie de começo de recolhimento.

A Igreja criou essa joia, que é o Angelus, e a promove nas várias horas do dia, para tirar dela toda a beleza.

As coisas católicas são todas construídas na Fé com uma espécie de instinto do Espírito Santo para se fazer bem feitas. Nelas se encontra um mundo de harmonias.

No Ângelus há a harmonia admirável entre a maior clemência, simplicidade, profundeza de conceitos, e uma beleza indefinível que tem enfeites poéticos, literários, que não entra em choque com a Fé, mas, pelo contrário, são um complemento dela.

Imaginem que o Ângelus tivesse sido encomendado por um ministro ou presidente da República: decreto nº X mil e tanto: componha-se uma oração para ser recitada de manhã, ao meio-dia e à tarde de todos os dias, todos os anos, todos os séculos. Viria uma oraçãozinha relâmpago, com uma bobagem qualquer, vazia, seca. Poderia aparecer tudo, mas não apareceria o Ângelus.

Exatamente falta ao homem de hoje essa plenitude de espírito por onde as coisas se ordenam na linha da lógica, da coerência, da beleza com tanta naturalidade que a gente nem percebe o que está por detrás disso de bem pensado, de bem sentido, de bem realizado, de bem rezado e, sobretudo, de bem acreditado.

Cântico de Vésperas, convento dominicano de Blackfriars, Oxford.
Procuremos, então, o espírito da Igreja Católica em todas as coisas da vida. Dos bons tempos da Igreja, da tradição da Igreja.

E sujeitando tais coisas a uma análise racional, saem sóis de dentro, saem belezas umas depois das outras, que é, exatamente, a riqueza inexaurível do espírito católico.

Então, qualquer coisa simples se mostra uma verdadeira maravilha.

O Ângelus rezado pelo camponês, pelo padre, pelo cruzado, pelo guerreiro da Reconquista da Espanha, pelo trapista: cada um dá um dos mil coloridos de um vitral. É tão simples, tão fácil, tão normal que, por isso mesmo, é uma verdadeira joia.

Isso nos deve levar a ser cada vez mais devotos do Ângelus, não o omitindo em nenhuma ocasião, lembrá-lo em nossa oração matinal, lembrando de tudo quanto existe no Ângelus.


Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 1º/3/1965, texto sem revisão do autor.


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domingo, 13 de setembro de 2015

A recompensa de São João Damasceno

São João Damasceno
São João Damasceno



Este santo, vingador das santas imagens contra os ímpios iconoclastas, foi condenado por Leão Isauro a ter a mão direita decepada.

Logo depois dessa bárbara execução, João foi prostrar-se diante da imagem de Maria, seu recurso ordinário, com o fim de oferecer a Deus, por Maria, seus sofrimentos.

Confiado no seu poderosíssimo auxilio, disse a Maria:

“Sabeis, ó Virgem Santa, qual foi o motivo por que me cortaram a mão. Ela era sagrada a vosso serviço. Ó Rainha dos anjos e dos homens, se não for contrário à vontade de Deus, vossa intercessão me pode restituir de novo a minha mão, a qual, mais do que antes, será vossa”.

Enquanto assim rezava, sentiu as dores diminuírem de intensidade até desaparecerem. Durante um sono reparador, Maria restituiu-lhe a mão, pedindo-lhe que escrevesse sempre em defesa da Igreja.

Ao redor do pulso, ficou apenas uma simples linha vermelha, como para servir de testemunho da autenticidade do milagre.

Tal prodígio, Maria o fez em favor de um homem que, pelas suas palavras e por seus escritos, defendia o culto das santas imagens.

domingo, 29 de março de 2015

Semana Santa: acompanhando a Paixão de Cristo



A Via Sacra ‒ também conhecida como Via Crucis, Estações da Cruz ou Via Dolorosa ‒ é uma devoção que consiste numa peregrinação feita em oração e ajudada por uma série de quadros ou imagens que representam cenas da Paixão de Cristo.

A Via Sacra mais conhecida hoje é a rezada no Coliseu de Roma, na Sexta-Feira santa, com a participação do próprio Papa.

As imagens representando as cenas da Paixão podem ser de pedra, madeira ou metal, pinturas ou gravuras.

Elas estão dispostas a intervalos nas paredes ou nas colunas da igreja.

Mas, às vezes podem se encontrar ao ar livre, especialmente nas estradas que conduzem a uma igreja ou santuário.

Uma Via Sacra muito conhecida é a do santuário de Lourdes, França.

Nos mosteiros as imagens são muitas vezes colocadas nos claustros.