O castelo de Lourdes foi local de um milagre decisivo para converter os islâmicos, séculos antes de Nossa Senhora aparecer a Santa Bernadette |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
No pináculo de um rochedo, protegendo, como um guerreiro, a pequena cidade onde Nossa Senhora quis se manifestar, ergue-se altaneiro o castelo-fortaleza de Lourdes.
Ele surge numa posição de domínio sobre o verdejante vale que se estende a seus pés. Hoje acolhe um muito interessante museu de arte popular medieval.
Mas poucos imaginam o decisivo milagre que aconteceu no local que chegou a estar ocupado pelos mouros anticristãos, e que acabou com a conversão deles pela intercessão de Nossa Senhora.
Como fundo de quadro, nos confins do horizonte, parecendo desafiar o castelo-fortaleza, sobressaem grandiosas montanhas nevadas - contrafortes dos Pirineus.
Em estilo românico, com grossas e altas paredes de pedra, poucas e estreitas janelas, possante torre.
Nessa se localiza o donjon, ou torre de menagem.
O castelo está situado próximo da gruta de Massabielle, onde Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadette, como a progegé-la.
Ele é certamente o símbolo mais expressivo da vitória dos católicos contra os mouros, na França.
E, mais incrível ainda, foi uma vitória miraculosa, obtida por Nossa Senhora para Carlos Magno, mais de mil anos antes de que Ela começasse a fazer milagros em série na Gruta.
Vejamos esse milagre.
A primitiva fortaleza, existente no local do castelo, era dominada por um chefe sarraceno chamado Mirat.
Em 778, Carlos Magno, o invencível Imperador cristão, com seus francos a cercou e tentou conquistá-la pela fome.
Aconteceu, entretanto, que uma águia, sobrevoando a fortaleza, deixou cair no seu interior uma truta que acabava de pescar no lago vizinho.
Mirat mandou levar o peixe a Carlos Magno com uma mensagem, mostrando que uma praça tão abastecida de víveres poderia resistir ainda por muito tempo.
Carlos Magno enviou, então, ao comandante mouro um de seus embaixadores, o santo bispo de Puy.
O corajoso prelado enfrentou o infiel.
E lhe propôs que se ele, Mirat, julgava rebaixar-se capitulando nas mãos do mais ilustre dos homens - isto é, Carlos Magno, o chefe dos francos - o infiel poderia, sem nenhuma vergonha, render-se à Virgem, Nossa Senhora de Puy-en-Velay.
Essa é uma famosa imagem venerada no centro da França, que está na origem da devoção a Nossa Senhora da Penha (Puy=Penha). Ela era uma rainha e Mirat poderia se tornar vassalo dEla sem desonra.
Mirat, tocado pela graça de Nossa Senhora aceitou a proposta. Ele rendeu-se e pediu o batismo.
Foi batizado com o nome de Lorus.
De ali provêm o nome de Lourdes.
Lorus - o ex-Mirat - conduziu seus guerreiros em peregrinação à penha de Puy-en-Velay, para venerar a imagem da Santíssima Virgem.
Ainda hoje, as armas da cidade de Lourdes trazem três torres sobre as quais paira uma águia, levando uma truta no bico.
E uma escarpa do rochedo conservou o nome de "Rochedo da Águia".
FONTE: CATOLICISMO
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