Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Quantas vezes dos lábios piedosos a todo momento, um pouco por toda parte, se levanta ao Céu a oração Salve Rainha! Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, Salve, etc., etc.
Mas, quantos sabem qual é a sua origem?
Sabem que foi adotada especificamente como um canto de guerra para os Cruzados?
Pois bem, eis a origem dela.
A iniciativa é atribuída ao bispo de Puy, Dom Adhemar de Monteuil, membro do Concílio de Clermont, onde foi resolvida a primeira Cruzada.
Adhemar participou da Cruzada na qualidade de legado apostólico e escolheu a Salve Rainha, ou Salve Regina em latim, para que se tornasse o canto de guerra dos cruzados.
A princípio, a antífona acabava por estas palavras: nobis post hoc exilium ostende (E depois deste desterro mostrai-nos Jesus, o bendito fruto do vosso ventre).
A tríplice invocação que a termina presentemente foi acrescentada por São Bernardo, e merece ser narrado como se fez.
Na véspera do Natal do ano de 1146, São Bernardo, mandado para a Alemanha como legado do Papa.
Na ocasião, ele fazia sua entrada solene na cidade de Spira, depois de uma viagem memorável na qual os milagres foram numerosos.
O bispo, o clero, os cidadãos todos, com grande pompa vieram ao encontro do santo.
Conduziram-no, ao toque dos sinos e dos cânticos sagrados, através da cidade até a porta da capital.
Ali, o imperador e os príncipes germânicos o receberam com todas as honras devidas ao legado do Papa.
Enquanto o cortejo penetrava no recinto sagrado, o coro cantou a Salve Rainha, antífona predileta do piedoso abade de Claraval.
Bernardo, conduzido pelo imperador em pessoa e rodeado da multidão do povo, ficou profundamente comovido com o espetáculo que presenciara.
Acabado o canto, prostrando-se três vezes, Bernardo acrescentou de cada vez uma das aclamações, enquanto caminhava para o altar sobre o qual brilhava a imagem de Maria:
O clemens! O Pia! O dulcis Virgo Maria! — Ó clemente! Ó piedosa! Ó doce Virgem Maria!
Ouçamos uma das mais famosas versões em gregoriano da “Salve Rainha”, interpretada pelo Coral da TFP americana:
(Fonte: “Maria ensinada à mocidade”, Livraria Francisco Alves, Rio, 1915)
Achei tudo muito interessante e bonito,goste demais de musicas gregorianas,está sendo muito bom acompanhar esse blog.
ResponderExcluirmaravilha, muito bonito
ResponderExcluirA bencao de Deus esteja contigo ,obrigado por tantos ensinamentos
ResponderExcluirAcho que quando um canto gregoriano começa a cantar, Também os anjos cantam juntos.
ResponderExcluirAdorei o seu artigo, nem seu como eu vim cá para, tinha isto nos favoritos a muito tempo... Hoje dei com o site sem saber.
ResponderExcluirObrigado
Adorei essas informações, assim como esse blogs! A Civilização Cristã Medieval é a mais bela que já existiu sobre a Terra!
ResponderExcluirOs cantos a Mãe do Senhor são sempre lindos e comoventes. Obrigado gosto muito das postagens, seu blog
ResponderExcluirsempre muito enriquecedor. Deus abençoe a todos.