domingo, 15 de janeiro de 2017

A alegria e a paz da festa da Assunção de Nossa Senhora
generalizou-se na Idade Média


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




A festa da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria é celebrada no 15 de agosto. É uma das mais cheias de alegria, paz e pureza, sendo por isso muito repelida por Satanás e seus asseclas que preferem a aflição, a desordem e a impureza

Sabemos pela Tradição Apostólica ‒ isto é, o conjunto de ensinamentos orais transmitidos originariamente pelos Apóstolos e, depois deles, pelos seus discípulos ‒ que Nossa Senhora não teve uma morte como a dos homens concebidos no pecado original. Fala-se por isso de Dormição de Nossa Senhora.

Ela ocorreu entre 3 e 15 anos após a Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Segundo a maioria dos testemunhos e opiniões aconteceu em Jerusalém, mas segundo outros em Éfeso.

Os Apóstolos foram reunidos miraculosamente em torno da Mãe de Deus naquela ocasião.

Ainda segundo a tradição, o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo teria aparecido em corpo glorioso para levá-la aos Céus.



Distingue-se a Ascensão de Nosso Senhor (em que Jesus Cristo subiu aos Céus pelo seu poder infinito) e a Assunção de Nossa Senhora (em que a Virgem foi levada ao Céu pelo poder de Nosso Senhor).

Inúmeros documentos de Doutores e Padres da Igreja dos primeiros séculos nos falam desta subida aos Céus.

Entre eles podem ser citados como exemplo: São João Damasceno, São Gregório de Tours, São Jerônimo e Santo Agostinho.

Muitos outros santos e concílios nos confirmam nessa mesma certeza.

Após uma iniciativa do Concílio de Calcedônia (451) junto ao imperador Marciano e a imperatriz Pulcheria, o túmulo de Nossa Senhora foi aberto e achado vazio.

Recolhendo a tradição milenar inconteste e universalmente professada, o S. S.Padre Pio XII proclamou solenemente que a Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma aos Céus é dogma e deve ser crida como verdade de Fé revelada.

Proclamou esta verdade infalível, em grande cerimônia da Praça de São Pedro (foto), onde leu a Bula Munificentissimus Deus, do 1º de novembro de 1950.

É portanto, um dogma infalível e dos mais gloriosos da Igreja.

A parte central da proclamação do dogma reza:

“A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.

A festa da Assunção era comemorada já pelo ano 500 na Palestina e foi logo praticada pelos monges de Ocidente que adotaram os costumes e as regras dos monges de Oriente, especialmente os de Egito que seguiam a regra de São Pacômio.

Maurício, imperador de Bizâncio, foi o primeiro a dispor que fosse celebrada no dia 15 de agosto.

No Ocidente as mais antigas referências a esta devoção vem da Gália (França).

Mas, no tempo do Papa Sérgio I (700) já era uma das principais festividades religiosas de Roma.

Estas eram marcadas pela procissão que partia da igreja de Santo Adriano.

A devoção à Assunção ficou reconforta pelas revelações de santos medievais como Santa Elisabeth de Schönau (+ 1165), São Bertrand, O.C. (+ 1170), e Santa Brígida da Suécia (Revel, VI, l).

Tendo sido solidamente estabelecida na Idade Média, a festa foi incluída no Ritual Romano e, a partir de ali, estendeu ao mundo todo.



Cânticos gregorianos para a festa da Assunção:

Clique aqui para ouvir o Introito “Signum Magnum:


Clique aqui para ouvir o Gradual Audi, Filia

Clique aqui para ouvir Assumpta est (Alleluia)

Clique aqui para ouvir Beatam me dicent (Comunhão)




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Um comentário:

  1. Se é gloriosa assim a serva do Senhor, imaginemos quanto não é o Altíssimo, autor dessa glória. Viva a Mãe de Deus, sempre virgem, Imaculada e Assunta. Ao contrário do que diz a descendência da serpente, não nos afasta de Deus, mas nos faz ama-lo sobre todas as coisas.

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