Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A festa da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria é celebrada no 15 de agosto. É uma das mais cheias de alegria, paz e pureza, sendo por isso muito repelida por Satanás e seus asseclas que preferem a aflição, a desordem e a impureza
Sabemos pela Tradição Apostólica ‒ isto é, o conjunto de ensinamentos orais transmitidos originariamente pelos Apóstolos e, depois deles, pelos seus discípulos ‒ que Nossa Senhora não teve uma morte como a dos homens concebidos no pecado original. Fala-se por isso de Dormição de Nossa Senhora.
Ela ocorreu entre 3 e 15 anos após a Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Segundo a maioria dos testemunhos e opiniões aconteceu em Jerusalém, mas segundo outros em Éfeso.
Os Apóstolos foram reunidos miraculosamente em torno da Mãe de Deus naquela ocasião.
Ainda segundo a tradição, o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo teria aparecido em corpo glorioso para levá-la aos Céus.
Distingue-se a Ascensão de Nosso Senhor (em que Jesus Cristo subiu aos Céus pelo seu poder infinito) e a Assunção de Nossa Senhora (em que a Virgem foi levada ao Céu pelo poder de Nosso Senhor).
Inúmeros documentos de Doutores e Padres da Igreja dos primeiros séculos nos falam desta subida aos Céus.
Entre eles podem ser citados como exemplo: São João Damasceno, São Gregório de Tours, São Jerônimo e Santo Agostinho.
Muitos outros santos e concílios nos confirmam nessa mesma certeza.
Após uma iniciativa do Concílio de Calcedônia (451) junto ao imperador Marciano e a imperatriz Pulcheria, o túmulo de Nossa Senhora foi aberto e achado vazio.
Recolhendo a tradição milenar inconteste e universalmente professada, o S. S.Padre Pio XII proclamou solenemente que a Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma aos Céus é dogma e deve ser crida como verdade de Fé revelada.
Proclamou esta verdade infalível, em grande cerimônia da Praça de São Pedro (foto), onde leu a Bula Munificentissimus Deus, do 1º de novembro de 1950.
É portanto, um dogma infalível e dos mais gloriosos da Igreja.
A parte central da proclamação do dogma reza:
“A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.
A festa da Assunção era comemorada já pelo ano 500 na Palestina e foi logo praticada pelos monges de Ocidente que adotaram os costumes e as regras dos monges de Oriente, especialmente os de Egito que seguiam a regra de São Pacômio.
Maurício, imperador de Bizâncio, foi o primeiro a dispor que fosse celebrada no dia 15 de agosto.
No Ocidente as mais antigas referências a esta devoção vem da Gália (França).
Mas, no tempo do Papa Sérgio I (700) já era uma das principais festividades religiosas de Roma.
Estas eram marcadas pela procissão que partia da igreja de Santo Adriano.
A devoção à Assunção ficou reconforta pelas revelações de santos medievais como Santa Elisabeth de Schönau (+ 1165), São Bertrand, O.C. (+ 1170), e Santa Brígida da Suécia (Revel, VI, l).
Tendo sido solidamente estabelecida na Idade Média, a festa foi incluída no Ritual Romano e, a partir de ali, estendeu ao mundo todo.
Cânticos gregorianos para a festa da Assunção:
Clique aqui para ouvir o Introito “Signum Magnum:
Clique aqui para ouvir o Gradual Audi, Filia
Clique aqui para ouvir Assumpta est (Alleluia)
Clique aqui para ouvir Beatam me dicent (Comunhão)
(Fonte: The Catholic Encyclopedia)
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Se é gloriosa assim a serva do Senhor, imaginemos quanto não é o Altíssimo, autor dessa glória. Viva a Mãe de Deus, sempre virgem, Imaculada e Assunta. Ao contrário do que diz a descendência da serpente, não nos afasta de Deus, mas nos faz ama-lo sobre todas as coisas.
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