Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Certo dia, o rei Santo Eduardo o Confessor (1005-1066), rei da Inglaterra, já velho assistia à cerimônia de consagração de uma igreja construída em honra de São João Evangelista.
Nessa hora, um homem muito pobre aproximou-se dele e mendigou-lhe uma esmola “pelo amor de São João”.
O grande monarca passou a mão na bolsa, mas não encontrou nem prata nem ouro.
Santo Eduardo, então, mandou vir seu tesoureiro, mas não foi localizado no meio da multidão. E o pobre seguia implorando esmola.
Santo Eduardo sentia-se muito mal à vontade. Nesse momento lembrou que trazia um anel grande e muito precioso.
Então, ele o tirou do dedo, e pelo amor de São João o deu ao miserável, que lhe agradeceu gentilmente e desapareceu.
Eis o que aconteceu com o anel.
Aquela mesma noite, muito longe na Palestina, dois peregrinos ingleses extraviaram-se no caminho e ficaram andando no deserto.
O sol já tinha desaparecido por trás das montanhas e os dois homens estavam sós num local desolado.
Eles sabiam que não havia jeito de voltar e que não encontrariam refúgio contra os ladrões e os animais selvagens.
Enquanto se perguntavam o quê fazer, um bando de jovens com roupas brilhantes apareceu diante deles.
No meio dos jovens estava um ancião, alvíssimo, de cabelos grisalhos, e maravilhoso de se olhar.
‒ “Caros irmãos”, disse ele aos romeiros. “De onde vindes? Qual é vosso credo e vosso berço? De qual reino e de qual rei? O quê vós procurais aqui?”
‒ “Nós somos cristãos e da Inglaterra. Viemos a expiar nossos pecados, procurado os lugares sagrados onde Jesus viveu e morreu. Nosso rei chama-se Eduardo, e nós perdemos a estrada”.
‒ “Vinde atrás de mim, e eu vos conduzirei a uma boa hospedagem pelo amor do rei Eduardo”.
Assim, ele conduziu-os até uma cidade onde encontraram albergue que tinha a ceia servida numa mesa.
E, após terem jantado, eles foram dormir.
Na manhã seguinte o ancião veio até eles, e disse:
‒ “Eu sou João o Evangelista. Pelo amor de Eduardo eu não vos faltarei, e vós chegareis sãos e salvos à Inglaterra.
“Então, ireis até Eduardo, e lhe direis que comprastes o anel que ele me deu no dia da consagração da minha igreja, quando eu implorei a ele vestido com pobres roupagens. E dizei-lhe que dentro de seis meses ele vai estar comigo no Paraíso”.
Os romeiros voltaram à Inglaterra sem percalços e entregaram o anel ao rei Eduardo junto com a mensagem de São João.
Quando o monarca ouviu que iria morrer em breve, doou todo seu dinheiro aos necessitados, e consagrou o tempo que lhe restava às suas devoções.
Na Catedral de Santo Alban, na Inglaterra, venera-se a imagem de Santo Eduardo mostrando seu símbolo: o anel.
E sua festa celebra-se no dia 13 de outubro.
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Foi-se o tempo em que os reis eram piedosos... Nossos governantes temiam a Deus e, apesar dos seus pecados pessoais, tinham imensa fé e muitos morriam fiéis a Igreja de Deus.
ResponderExcluirA paz de Nosso Senhor Jesus Cristo e o amor de Maria Imaculada,
ResponderExcluirFantástica história sobre Santo Eduardo. Coloquei essa história em meu site (www.savianovieira.com.br). Pois sou devoto de Santo Eduardo.
Parabéns pelo site.
Meu nome é Eduardo.
ResponderExcluirÀ partir de hoje passo à venerá-lo como meu protetor e intercessor.
E como 1° pedido, o peço que interceda junto a Deus pela minha conversão e santificação.