Nossa Senhora entrega o terço a São Domingos de Gusmão |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O Rosário é uma série de orações, acompanhadas de meditação em honra da Santíssima Virgem.
Chama-se Rosário porque é como uma coroa de rosas que se oferece a Maria. A oração principal do Rosário é a Ave Maria.
O Rosário tem por autor S. Domingos, fundador da Ordem dos Pregadores ou Dominicanos, cuja forma final recebeu de Nossa Senhora.
O uso de honrar a Maria rezando repetidas vezes o Padre Nosso, a Ave Maria e o Glória Patri foi inaugurada no século V por Santa Brígida, abadessa de um mosteiro de beneditinas na Irlanda.
Para facilitar tal prática, sujeitando a uma ordem invariável as orações que a compunham, Santa Brígida serviu-se de contas de diferentes tamanhos, enfileiradas em forma de coroa.
São Domingos, aperfeiçoando esse terço de acordo com as indicações de Maria, formou o Rosário tal qual hoje existe.
No século XV, tendo decaído o uso do Rosário, pela desgraça dos tempos, Deus suscitou o Bem-aventurado Alain de la Roche, dominicano bretão, para restabelecê-lo em todo o seu brilho.
Segundo vários documentos pontifícios, S. Domingos teve sobre o Rosário uma revelação particular de Maria, por volta do ano 1206.
Nossa Senhora entrega o terço a São Domingos de Gusmão |
Formavam uma seita na qual se praticavam monstruosidades morais.
Admitiam dois princípios, o bem e o mal, não acreditavam nas Escrituras, nem no batismo das crianças, nem no matrimônio; não queriam nem templos, nem bispos nem padres, e negavam a verdade do sacrifício da Missa.
Seus costumes eram corruptos, e sua ignorância extrema.
Animados pelo Conde de Tolosa e por grande número de nobres, os albigenses quebravam as cruzes, queimavam as igrejas, matavam sacerdotes e revoltavam-se contra qualquer autoridade eclesiástica.
Para conter essa torrente devastadora, a Igreja tratou de converter à Fé essas almas transviadas e mandou-lhes missionários, entre outros Dom Diego, Bispo de Osma (na Velha Castela), e seu arcebispo Domingos de Gusmão, tão célebre depois sob o nome de São Domingos.
Esses homens apostólicos puseram mãos à obra, com ardor, mas seu zelo teve pouco êxito. Aflitíssimo pela esterilidade de seus esforços, Domingos dirigiu-se à Mãe de Deus, que tinha o poder de destruir as heresias.
Suplicou, conjurou até com lágrimas, para que esta boa Mãe o auxiliasse e lhe inspirasse o meio de vencer a obstinação desses fanáticos.
Nossa Senhora do Rosário, na igreja de San Domenico, Bolonha |
Ela o consolou e lhe disse: "Meu filho Domingos, aprenda isto: o meio empregado pela Santíssima Trindade para reformar o mundo foi a Saudação Angélica.
Portanto, se quiser converter esses corações empedernidos, pregue-a segundo o modo que vou ensinar-lhe". Indicou então a organização do Rosário, composto de 3 terços, ou 15 dezenas, a cada qual corresponde um mistério de nossa Fé.
Com esta poderosíssima arma Domingos pregou outra vez, com novo ardor. Ensinou a Fé, propagou a devoção do Rosário, e os frutos da conversão se multiplicaram com prodigiosa rapidez.
Os progressos dessa devoção foram tais, que cinqüenta anos depois da aparição de Maria milhares de hereges tinham voltado para o seio da Igreja e milhares de pecadores tinham abraçado a penitência.
Durante a sua vida, o próprio São Domingos converteu mais de cem mil almas, segundo dizem autores do tempo.
Tal é a origem da preciosa devoção do Rosário, baseada em tantos testemunhos, autorizada por tantos milagres, honrada pela Igreja com tantos privilégios e continuamente aprovada pelo Céu com um sem número de graças, que Deus gosta de distribuir entre os que a praticam.
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MUITO OBRIGADO
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