A imagem milagrosa de Akita |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Inês (Agnes) Katsuko Sasagawa, 42, ingressou no Instituto das Servas do Santíssimo Sacramento em Yuzawadai, apenas fora de Akita, em 12 de maio de 1973. Inês vinha de se converter do budismo, mas estava totalmente surda, incurável.
O primeiro evento milagroso ocorreu em 12 de junho de 1973, apenas um mês após a entrada de Inês no convento: uma luz resplandeceu diante do Tabernáculo. Isso aconteceu várias vezes junto com algo parecido com fumaça que pairava em volta do altar.
Durante uma dessas iluminações a Irmã Inês viu “uma multidão de seres semelhantes a anjos que cercavam o altar em adoração diante do Santíssimo Sacramento”.
Dom João Ito, bispo ordinário da diocese de Niigata, na qual fica Akita, estava hospedado no convento para realizar uma semana de devoções. A irmã Inês confidenciou-lhe as circunstâncias dessas visões, bem como todos os eventos e aparições que se seguiram. Dom Ito e o diretor espiritual do convento, Pe. Teiji Yasuda, foram testemunhas de muitos dos fenômenos.
Sóror Inês também foi favorecida com visitas do seu anjo da guarda. Instada a descrever o Anjo, a religiosa disse que tinha “um rosto redondo, uma expressão de doçura e parecia uma pessoa coberta por uma brancura brilhante como a neve...”
Documentário (inglês): Nossa Senhora, Akita, Irmã Inês, D. Ito e os fatos |
Na noite de 28 de junho de 1973, a Irmã Inês descobriu na palma da sua mão esquerda uma ferida em forma de cruz, que era extremamente dolorosa.
Em 5 de julho de 1973, uma pequena abertura apareceu no centro da ferida e o sangue começou a fluir. Depois, a dor diminuía durante a maior parte da semana, exceto nas noites de quinta e sexta-feira toda, quando a dor se tornava quase insuportável.
A imagem que chorou sangue |
Depois de entrar na capela, o Anjo desapareceu. Então, a Irmã Inês, voltou-se para a estátua de Maria situada no lado direito do altar.
A estátua, que é de aproximadamente 90 centímetros de altura foi esculpida na madeira dura de “árvore da Judéia” [N.: “Cercis siliquastrum”, árvore originária da Palestina onde é muito presente). Ela representa Nossa Senhora de pé diante de uma cruz, com os braços ao seu lado e as palmas das mãos voltadas para frente. Sob seus pés há um globo que representa o mundo.
A Irmã Inês aproximou-se da estátua:
‒ “De repente, disse, senti que a estátua de madeira tomou vida e estava prestes a falar comigo... Ela estava imersa numa luz brilhante... No mesmo instante uma voz de beleza indescritível soou em meus ouvidos totalmente surdos.”
Nossa Senhora disse-lhe: “tua surdez será curada...” Ela recitou com a Irmã Inês a oração da comunidade que tinha sido composta pelo bispo Ito.
Nas palavras “Jesus presente na Eucaristia” Maria instruiu-a:
‒ “De agora em diante, você irá adicionar “verdadeiramente”.
Juntamente com o anjo que apareceu novamente, as três vozes recitaram uma consagração ao Sacratíssimo Coração de Jesus, verdadeiramente presente na Eucaristia.
A oração diz:
“Sacratíssimo Coração de Jesus, verdadeiramente presente na Sagrada Eucaristia, eu consagro meu corpo e minha alma para ser inteiramente um com Vosso Coração, sendo sacrificado a cada instante em todos os altares do mundo e dando louvor ao Pai implorando pela vinda do Seu Reino.
“Por favor receba este humilde oferecimento de mim mesma. Use-me como Vós desejais para a glória do Pai e a salvação das almas.
“Santíssima Mãe de Deus, nunca me deixe ficar separada de Vosso Divino Filho. Por favor defendei-me e protegei-me como Vossa Especial Filha. Amém.”
Mosteiro onde ocorreram as revelações
Antes de desaparecer, Nossa Senhora pediu à Irmã Inês “rezar muito pelo Papa, pelos bispos e os padres...”
Na manhã seguinte, quando as irmãs se reuniram para a recitação de Laudes, eles encontraram sangue na mão direita da estátua e duas linhas que a atravessavam e no meio uma abertura de onde o sangue fluía.
A ferida era igual à da mão da Irmã Inês, exceto que, posto que a mão da estátua era menor, a ferida era menor. Sangrou nas sextas-feiras de julho, durante o ano de 1973, como fez na ferida na mão da Irmã Inês.
Uma das irmãs escreveu: “A ferida estava realmente a cortar a carne. A borda da cruz tinha o aspecto de carne humana e uma religiosa até julgou ver as relevâncias da pele como numa impressão digital. Eu falei para mim mesma nesse momento que a ferida era real...”
Merece ser notado que as gotas de sangue corriam ao longo da mão da estátua, que tinha os braços abertos e apontando para baixo, mas nunca as gotas caíam das mãos.
A ferida na mão da Irmã Inês apareceu na quinta-feira 28 de junho de 1973. E, como predito pelo anjo da guarda, desapareceu na sexta-feira 27 de julho sem deixar rastro.
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