Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Durante sua Paixão, Nosso Senhor fez esta pergunta, e foi um dos maiores sofrimentos d’Ele: Quae utilitas in sanguine meo? (“Que utilidade houve no meu sangue?”)
Em última análise, “do que adianta o meu sangue?”
Ele pensou em tantas almas que haveriam de pisar no sangue d’Ele.
Levianamente, estupidamente, por uma ninharia, por uma bagatela.
Por uma risada de criada, como no caso de São Pedro.
Por trinta dinheiros, como Judas.
Por preguiça, por vontade de dormir, como os outros Apóstolos.
Por medo, por oportunismo, por sensualidade, por quantas coisas as almas haveriam de rejeitá-lo!
Nosso Senhor teve em vista a nossa época, e Nossa Senhora também.
Ele teve em vista todas as traições de nossos tempos, todos os abandonos, tudo quanto as almas sacerdotais O fizeram sofrer.