Nossa Senhora das Vitórias |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A devoção a Nossa Senhora das Vitórias de Sablon começou no século XIV com um fato miraculoso.
Havia na cidade vizinha de Antuérpia uma imagem milagrosa conhecida como Notre Dame à la Branche (Nossa Senhora no Galho), que fora protetora daquela cidade e que estava na catedral.
Em 1348, Nossa Senhora apareceu duas vezes em sonho a Beatriz Soetkens, moradora de Antuérpia, ordenando-lhe levar a estátua em um barco até Bruxelas.
O translado teve algo de maravilhoso.
Em Bruxelas a imagem foi recebida pelo duque de Brabante e pela confraria dos besteiros – guerreiros da cidade – que havia sido avisada do prodígio.
Tendo recebido o nome de Nossa Senhora das Vitórias, a imagem foi instalada em uma pequena capela pertencente aos besteiros, localizada em um local ermo chamado Sablon (literalmente = areia fininha).
Desde então ela se tornou uma padroeira de Bruxelas, sua sentinela contra os perigos externos e guardiã de sua autonomia, sendo por isso proibido removê-la para fora de seus muros.
Em lembrança de sua milagrosa chegada no ano de 1348 foi instituída uma solene procissão conhecida popularmente como “Ommegang” (que no dialeto local significa procissão), a qual se realizava no domingo antes do Pentecostes.